Resumidamente, a aplicação do seu caixa deve ser feita de acordo com a sua necessidade.
Primeiro, é preciso estipular o quanto ter em caixa. Este foi o tema de um outro blog, o trecho reproduzido abaixo resume as diferentes necessidades de caixa de uma empresa e o tipo aplicação recomendada para cada caixa:
Podemos classificar nossa necessidade de caixa em 3 tipos: iminente, de curto-prazo e médio ou longo-prazo. Essa distinção é fundamental para uma alocação eficiente do caixa da empresa entre conta corrente, investimentos de curto prazo (alta liquidez) e investimentos de longo prazo (em geral, de baixa liquidez ou que requerem mais tempo para se tornarem rentáveis).
Outro ponto importante é entender que a tomada de decisão sobre o caixa pessoal e o empresarial é fundamentalmente diferente. Enquanto pessoas físicas, alocamos fundos de maneira a otimizar nosso bem-estar, já uma empresa investe com o objetivo de maximizar seu lucro. Via de regra, o investimento produtivo de uma firma (i.e. gastos com máquinas, equipamentos, softwares, treinamentos) gera mais renda do que aplicações passivas no mercado financeiro.
Agora sim, com estes pontos em mente, como aplicar o caixa da empresa?
O maior motor de geração de riqueza de uma empresa é a sua própria atividade produtiva. No entanto, em algumas situações, o acúmulo de caixa e o investimento produtivo acontecem em momentos distintos e, por conta disso, a aplicação financeira passa a ser uma boa alternativa para que o caixa existente (e excedente) gere rendimentos.
O horizonte temporal e tipo de aplicação devem coincidir com a necessidade de caixa da sua empresa. Isso requer que, primeiro, se separe o caixa em iminente, de curto prazo e de médio/longo prazo. Uma vez separados, cada caixa deve ser alocado de forma a atingir objetivos estratégicos da empresa.
Exemplo: Empresa A, uma academia de bairro:
Embora a Empresa A fizesse a gestão financeira e conseguisse entender sua necessidade de caixa para questões do dia a dia, faltava determinar estrategicamente o que fazer com o caixa excedente.
Após o serviço de Plano de negócios da Uúba, ficou definido que:
As necessidades operacionais determinadas pela gestão financeira seguiriam inalteradas;
Pequenos reparos no maquinário seriam executados em até 3 meses. Portanto, recursos de caixa deveriam ser alocados em investimentos com possibilidade de resgate rápido, de baixo risco e sem a possibilidade de reprecificação para baixo;
Novos investimentos em máquinas e equipamentos previstos para daqui a 18 meses seriam feitos via financiamento. No entanto, como a modalidade de crédito pretendida financia até 80% do custeio total, os outros 20% viriam de capital próprio. Nesse caso, uma vez separado o caixa para as necessidades de curto prazo, os recursos seriam alocados visando o longo prazo, isto é, em investimentos de vencimento mais longo e, aliado a isso, com melhor rentabilidade. Este investimento seria resgatado quando o novo financiamento fosse estabelecido/iniciado.
Vale ressaltar que não existe fórmula de bolo. O que funcionou, em dado momento, para a Empresa A não necessariamente seria o melhor caminho para outra empresa, ou até mesmo para a Empresa A em outro momento. Planos estratégicos precisam de revisões e adequações periódicas. Em 1 ano, as prioridades de uma empresa podem se modificar, o cenário econômico pode mudar, podemos enxergar uma oportunidade para a empresa que não existia anteriormente e, com isso, a tomada de decisão também se altera.
Na Uúba, nosso foco é fazer as empresas prosperarem. Afinal de conta, somos gente de negócios, como você.
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